Formação Litúrgica em Mangabeiras
Neste último final de semana, dias 20, 21 e 22, sexta, sábado e domingo, tivemos formação litúrgica em Mangabeiras, e participaram, da Paróquia do Santíssimo Salvador, as pessoas: Pe. Maribelton, Janiel e Silviane. Estavam também presentes representantes das paróquias de Bacuri, Cururupu, Mirinzal, Central, Pinheiro, Bequimão, Turiaçu e Turilândia.
Tivemos como assessora Josineth, do município de São Luis, e os padres: Ribamar Rodrigues (Ribinha) e Benedito Estrela.
Neste maravilhoso encontro percebemos o quando as nossas celebrações estão barulhentas. Foi muito discutido a questão do silêncio, que em nossas celebrações não existe espaço para o silêncio, para uma reflexão das leituras ou do momento misterioso que é a celebração da santa missa.
Foi mostrado como a assembleia está tão acostumada a comandos, que não fazem nada se não forem mandadas: Levanta o braço, batam palmas, agora sentado, todos de pés; e assim vários comandos que nos viciamos e que a assembleia foi acostumada e que, na maioria das vezes não faz se não tiver esses comandos. Então é preciso que encontremos maneiras de motivar a assembleia a participar consciente do que estão fazendo, sem a necessidade de estar sendo comandada.
Muitos outros assuntos foram debatidos, como a questão dos microfones que em muitas paróquias ainda é usado sem o devido controle, tirando assim o direito da assembleia cantar junto a liturgia, além é claro dos instrumentos musicais que às vezes estão mais altos ainda que os microfones.
Também foi discutido que alguns momentos que são importantíssimos na liturgia, são feitos de qualquer jeito e sem a menor importância, onde foi lembrado o ritual de acender o círio pascal, que em muitas celebrações são feitas de qualquer maneira, e esquecemos que é um ritual importante como outro na liturgia.
Mas o principal assunto estudado foi o chamado: Ofício Divino das Comunidades, que é um jeito antigo de rezar, uma maneira de despertar a espiritualidade.
Este jeito diferente de rezar vem dos costumes do povo judeu que rezava de manhã e de tarde, de acordo com a palavra do Senhor.
O Ofício Divino era rezado pelo povo, que se reunião de manhã, à tarde e à noite para rezar, mas a partir do século VIII foi tirado o direito do povo celebrar limitando-se apenas ao clero e passou a se chamar Liturgia das Horas.
Depois de quatro séculos a igreja abriu as portas para a inculturação, o povo pôde novamente rezar a liturgia das horas, mas como era muito cheio de complicações ficou muito difícil o povo acompanhar. Foi então que houve a reforma da Liturgia das Horas para eliminar as complicações e acréscimos que foram sendo introduzidos ao longo dos séculos, levando assim a ser criado o Ofício Divino das Comunidades elaborado de forma popular e com o jeito de nossas Comunidades eclesiais de Base.
O Ofício Divino das Comunidades tem toda uma estrutura e sua liturgia compõe:
1. Chegada – silêncio, oração pessoal;
2. Abertura – feito por quem preside;
3. Recordação da vida – onde se lembra fatos, pessoas ou situações que marcaram a semana que passou;
4. Hino – canto que marca a hora do dia, o tempo litúrgico corrente ou a festa litúrgica, de santo, do padroeiro;
5. Salmo – de acordo com o mistério celebrado;
6. Leitura bíblica – leitura do dia ou do Evangelho;
7. Meditação – silêncio, partilha, repetir frases do texto que chamaram a atenção;
8. Cântico evangélico – pela manhã (cântico de Zacarias), para o fim da tarde ou noite (cântico de Maria);
9. Preces – podem ser espontâneas;
11. Oração Final – pode ser rezada a oração do dia;
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